terça-feira, 22 de maio de 2007

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Na caminhada da visa questionamos um sorriso, um abraço, um adeus, ajoelhamo-nos no imprevisto, viramos costas ao inevitável, sustemo-nos no impossível e caminhamos.

A luz que vem de dentro mistura-se com a luz que nos dão, com a luz que vem dos outros e com aquela que obtemos por nós mesmos e este é o milagre da vida.

Em Deus não há impossível, em Deus não há um adeus há apenas um transformar um impossível em possível que pode não ser hoje, mas amanhã, que pode não ser nesta vida mas numa outra. E caminhamos. Sempre caminhamos para a Aurora.

A aurora é o despertar da consciência infinita em cada um de nós, é um acordar de um sono de anos, de séculos em que apenas nos questionamos de coisas básicas e sorrimos perante os milagres, a aurora é quando nos tornamos um com Deus, um com o nosso caminhar e com a nossa vida seja em vida seja na morte da existência física da vida.

Aos nossos olhos um sorriso torna-se leve e puro como a brisa da manhã, nada será como dantes porque o ontem foi a transformação do nosso ser perante o meio e o meio moldou-se ao nosso ser na medida dos nossos limites.

Na primeira fase reconhecemos que temos limites, pomos um pé atrás do outro, temos medo de cair, sofremos de ansiedade, de tristeza, desesperamos com coisas simples, tornamos coisas simples coisas complexas, vagueamos sem rumo à procura de rumo, paramos muitas vezes para respirar, solicitamos a alguém que nos ajude a levantar - a respirar o fôlego da vida. Choramos, sejam as lágrimas, sejam as feridas que doem por dentro e não se transmitem por fora. Choramos . Sorrimos e avançamos.

Nem sempre avançamos, podemos ficar parados no mesmo ponto, no mesmo ciclo, anos, meses, dias... mas por alguma luz que vislumbra a mente damos um passo numa direcção diferente e nessa direcção diferente encontramos um outro caminho que nunca antes tínhamos caminhado, ficamos felizes, temos medo de ficar felizes. Sentamo-nos, não pensamos e caminhamos novamente e voltamos a pensar e entramos no processo de consciencialização do novo caminho. O novo caminho traz novas aventuras à mente, à nossa maneira de ser, molda-nos, questiona-nos, eleva-nos mas também nos pode afundar e lá fundo podemos conhecer os limites que julgávamos não ter, e admirar um lado obscuro que pensávamos não possuir ou julgar que nunca conseguiríamos amar – aprendemos a amar a obscuridão, aprendemos a aceitar aquilo que temos que aceitar, porque quando aceitamos, estamos a dar a nós mesmos uma oportunidade de conhecer, de nos conhecermos, de conhecer situações às quais fugíamos porque apenas queríamos fugir.

Quando deixamos de fugir ao que detestamos, quando deixamos de afastar da nossa mente o que não queremos, quando enfrentamos os nossos medos, as nossas desilusões, os nossos fracassos, a nossa obscuridão estamos a dar a oportunidade a nós mesmos de “mudar” de “iluminar” essa parte de nós que precisa de ser “curada”, aceite, que precisa de ser livre não para se exprimir fisicamente mas para se dar a conhecer e ser compreendida.

Eu não faço o que quero eu enfrento-me, nos meus pensamentos de ódio, nos meus momentos de desilusão, nos meus vipes de fúria e digo: faz o que achares certo para ti em prol de uma verdade maior, mesmo que isso magoe os outro e os fira. Sou um ser humano, não sou santa, mas enfrento-me.

Quando nos enfrentamos damos espaço aos outros para eles se explicarem e para os perdoarmos, falamos o que achamos certo ou errado, mas estamos dispostos a ouvir os outros e se erramos, reconhecemos em voz alta e perdoamos. Se julgamos estar certos, ouvimos a nossa voz, falamos as suas palavras e continuamos em frente sem dó nem piedade.

Ser Cristão é dar uma face e dar a outra, mas não podemos dar mais do que as duas faces que temos e só nos podemos anular em prol de um amor maior, de uma verdade maior – DEUS.

Não nasci para agradar a ninguém, nem a mim mesma a 100%, procuro agradar a DEUS, que para mim é AMOR, VERDADE e BEM MAIOR.

Não sou apologista de VATICANOS, de MISSAS, DE RITUAIS mas venero Santos, pela mensagem de amor e de sacrifício de doação de si mesmos aos outros que ELES deram.

Admiro e AMO JESUS que com as suas parábolas ensinou ao mundo a palavra e o sentir do AMOR, não venero Vaticano, nem igrejas, nem papas, nem padres, nem freiras, apenas os respeito pelos seres humanos que são e pelas acções de amor e generosidade que possam praticar.

Da Bíblia só retiro os ensinamentos de Cristo através das suas parábolas – admito: ADORO as parábolas que Cristo transmitiu – têm em si a sabedoria dos seres iluminados pelo Espírito Santo

Acredito no Espírito Santo, a palavra pode mudar mas esta força divida tanto existiu em Cristo, como em BUDA, como em MAOMÉ, como em Santos de que ouvimos falar – Espírito SANTO é o nome que dou à força inspiradora de DEUS, o Cordão de Ligação ao DIVINO. A palavra do UNIVERSO ILIMITADO DA CONSCIÊNCIA UNIVERSAL DO BEM MAIOR TRANSMITE-SE ATRAVÉS DESTE CORDÃO.

AMO MARIA que simboliza tudo aquilo em que acredito: A esperança, o auxílio no impossível aparente, a voz amiga no desespero, a luz na escuridão, a mão na travessia difícil, a companheira na felicidade, a conselheira na confusão, o ar que respiro, a luz da minha alma. MARIA PARA MIM É A LUZ DA MINHA ALMA. A Energia pura da existência transcendente do imaginável em todas as coisas, onde o possível toca o possível, onde o infinito toca o infinito, o vale entre as montanhas, onde o céu toca a terra. A ponte para a eternidade. Para mim, Maria é a Ponte para a Eternidade, o Amor mais puro, o mais inexplicável de explicar. O ser dividido para se unir ao criador. O EU que se separou de si mesmo para se voltar a unir de uma maneira diferente em sinergia com o todo. A unificação do eu. O acrescento do que faltava. O mais além que existe no aqui e no agora, seja o aqui e o agora o ano 2.000 ªc ou o ano 2.000 d.c.

Amar é unificar o todo em comunhão com DEUS. Amar DEUS é respeitar todas as manifestações de DEUS em tudo o que existe, e a manifestação de Deus não está apenas nas suas palavras transformadas em RELIGIÕES, mas no sorriso de uma criança, no olhar de um cachorrinho que não tem tecto e vive da caridade do alheio, da árvore ao vento que sobrevive do sol e da chuva que cai e do pássaro que migra guiado pelo instinto.

Mas acredito que a oração que cada Religião ensina nos ajuda a chegar a este estádio de sentimento e comunhão com DEUS. Aplicai as orações que vos ensinaram ... desde que encham o vosso coração de AMOR e a Vossa mente de SEGURANÇA.

Amen.

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